Há uns anos atrás parecia ser
indispensável a utilização de cinta após o parto, contudo, actualmente parece já
não ser assim tão imprescindível o seu uso. Então e porquê?!
Acontece que se acreditava que,
depois do parto, a utilização da cinta devidamente colocada ajudava a que os
órgãos voltassem aos seus devidos lugares e acelerava o processo de involução
do útero, consequentemente, a barriga voltaria mais depressa a ter forma que
tinha antes da gravidez.
No entanto, os estudos científicos têm
mostrado precisamente o contrário, ou seja, quanto mais tempo se utiliza a
cinta, mais tempo as mamãs demoram a recuperar a forma que tinham. Isto porque, ao se comprimir os músculos de forma constante está a impedir-se que os mesmos
se movimentem, tornando-os mais “preguiçosos” e prejudicando o processo natural
de recuperação dos tecidos. Por outro lado, também prejudica a circulação sanguínea. Assim, e apesar de haver uma redução momentânea da barriga quando se utiliza a cinta, a sua utilização parece não trazer contributos a longo prazo, podendo mesmo contribuir para a flacidez tão indesejada.
Deste modo, a utilização da cinta pós-parto não é adjuvante da involução uterina e deve ser utilizada apenas quando existe indicação médica. Após
o parto, os músculos ficam distendidos e o útero fica menor e mais solto dentro
do abdómen e a utilização da cinta pode permitir à mulher uma sensação de maior
segurança e firmeza, o que se acentua ainda mais se o parto tiver sido por
cesariana. Deste modo, a mamã sente-se mais à vontade com a cinta para se sentar,
levantar e caminhar, podendo nestas situações ser indicada a utilização da cinta de forma moderada e transitória.
Para recuperar a forma da barriga, o
melhor mesmo é a realização de exercícios abdominais apropriados, que só devem
ser iniciados algumas semanas após o parto e de acordo com as indicação médicas
(6 a 8 semanas no caso de uma cesariana, por exemplo).
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